Riselda Morais, São Paulo – Quando falamos de pipa na rede elétrica, somos remetidos a brincadeira de criança, mais assiduamente durante as férias escolares. Mas esse cenário muda completamente quando circulamos pelas ruas dos bairros de Vila Guilhermina e Patriarca na Zona Leste, aos domingos.
Nos deparamos não com crianças, mas com dezenas, centenas de homens, adultos e até idosos, empinando pipas com linhas com cerol e chilenas; rolos de linhas gigantes que uma criança sequer poderia manusear e sem sequer se importar com os carros que passam. Se entretêm empinando pipa e quem quiser que desvie. Outra característica dos adultos que soltam pipas é que muitas vezes chegam a pular o muro das casas para resgatar pipas que caem sobre ou dentro delas.
Segundo levantamento da EDP, de janeiro a agosto deste ano, foram registradas 2.359 ocorrências com pipas na rede elétrica em São Paulo, impactando 200.162 pessoas.
As linhas de pipas, com cerol (mistura de cola de sapateiro com vidro moído) ou chilena (industrializada com poder de corte 4 vezes maior) podem matar pessoas; desligar ou romper cabos de energia; provocar curtos circuitos; falta de energia e grandes prejuízos ao moradores e comerciantes da cidade. Atenção Segurança Pública.